domingo, 3 de março de 2013

arca da aliança


O Simbolismo da Arca da Aliança

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"Também farão uma arca de madeira de acácia; de dois côvados e meio será o seu comprimento, de um côvado e meio, a largura, e de um côvado e meio, a altura. De ouro puro a cobrirás; por dentro e por fora a cobrirás e farás sobre ela uma bordadura de ouro ao redor. Fundirás para ela quatro argolas de ouro e as porás nos quatro cantos da arca: duas argolas num lado dela e duas argolas noutro lado. Farás também varais de madeira de acácia e os cobrirás de ouro; meterás os varais nas argolas aos lados da arca, para se levar por meio deles a arca. Os varais ficarão nas argolas da arca e não se tirarão dela. E porás na arca o Testemunho, que eu te darei." (Ex 25:10-16)

A arca da aliança é o utensílio mais importante do tabernáculo, simbolizando a santa presença de Deus (Nm 10:33-36) e a Sua aliança com o Seu povo (Js 3:3).

O termo hebraico freqüentemente utilizado para descrever a arca é 'ârôn, que também pode ser traduzido como baú ou caixão. A Bíblia faz referência à arca de algumas formas diferentes, tais como:
  • Arca do Senhor (Js 4:11)
  • Arca de Deus (1 Sm 3:3)
  • Arca da Aliança (Nm 10:33)
  • Arca do Testemunho (Ex 25:22)
  • Arca da Tua fortaleza (Sl 132:8)
  • Arca Santa (2 Cr 35:3)
A arca e os atributos de Deus
Como símbolo da presença de Deus e de Sua aliança com Seu povo, a arca revela-nos verdades preciosas a respeito de maravilhosos atributos divinos. O maior brilho da arca, com certeza, não era o ouro puro com a qual era coberta; mas a sublime majestade do caráter do Senhor revelada nela. Assim sendo, pensaremos em alguns desses atributos.

O Deus digno de total adoração
"Farás dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório; um querubim, na extremidade de uma parte, e o outro, na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. Os querubins estenderão as asas por cima, cobrindo com elas o propiciatório; estarão deles de faces voltadas uma para a outra, olhando para o propiciatório. Porás o propiciatório em cima da arca;" (Ex 25:18-21a)

A tampa da arca era chamada de propiciatório (do qual falaremos pormenorizadamente depois). Acima dele ficavam dois querubins de ouro, também chamados de "querubins de glória" (Hb 9:5), os quais estavam posicionados um defronte ao outro e olhavam para o propiciatório, trazendo uma impressão de estarem curvados, ou seja, em uma posição de reverência e adoração.

De fato, o Deus do tabernáculo é totalmente digno de adoração. As criaturas celestiais o adoram (Hb 1:6b). Os demônios prostram-se perante Ele (Mc 5:6). A natureza toda proclama a Sua glória (Sl 19:1-6). Seus redimidos, ao redor de toda a terra, adoram o Seu nome em espírito e em verdade (Jo 4:23). Até mesmo os incrédulos, que perecerão eternamente sob a ira de Deus, naquele grande e terrível dia, terão de dobrar os seus joelhos perante o Senhor Jesus Cristo (Fp 2:10). Somente Ele é digno de ser adorado, pois não há outro semelhante a Ele (Is 43:10).

Aos homens, cabe a responsabilidade adorá-Lo. Deus criou a humanidade, bem como todas as coisas, para Sua própria glória (Rm 11:36), de modo que o maior crime do universo é negar-Lhe adoração. O nosso Deus é infinito e infinitamente digno da adoração de seus criaturas; portanto, rebelar-se contra Ele torna a criatura infinitamente culpada.

Deve-se observar, contudo, que adorar ao Senhor trata-se também de um grande privilégio. Que gozo indizível é trazido à alma humana, quando esta é levada a contemplar a formosura do Senhor! Davi compreendeu-o muito bem, a ponto de exclamar: "Tu me farás ver os caminhos da vida; na Tua presença, há plenitude de alegria; na Tua destra, delícias perpetuamente" (Sl 16:11). Negar-Lhe adoração não é somente o crime mais estúpido, mas também a maior tolice que qualquer ser humano pode cometer.

O Deus justo
"E porás na arca o Testemunho, que Eu te darei" (Ex 25:16)

O Testemunho refere-se às tábuas dos dez mandamentos, dados por Deus a Moisés, conforme o relato de Exôdo 20. A lei revela a perfeita justiça do caráter de Deus; Ele é aquele que não pode praticar o mal (Tg 1:13) e que é santíssimo (Is 6:3), não podendo suportar a injustiça (Hc 1:13). Ele próprio é o padrão absoluto de justiça.

Dessa forma, assim como Ele é justo, também exige que os homens o sejam. Jesus disse: "Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste" (Mt 5:48). Ele exige um cumprimento total de Sua lei, não admitindo uma falha sequer, como Tiago nos explica: "qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos" (Tg 2:10). Além disso, as Escrituras ainda afirmam que "ao culpado [Deus] não tem por inocente" (Ex 34:7).

Oh, que justiça perfeita, que padrão elevado! Que homem poderia alcançá-lo?

O Deus misericordioso
"Farás também um propiciatório de ouro puro; porás o propiciatório em cima da arca" (Ex 25:17,21)

A arca fala da justiça de Deus, deixando-nos perplexos com o fato de que o homem está infinitamente distante do padrão de justiça estabelecido por Deus. Enquanto Deus é todo justiça, o ser humano é todo pecado. Diz a Bíblia que "não há um justo, nem um sequer; todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3:10,23).

Como, pois, resolver-se o problema do homem, de modo que este possa aproximar-se de Deus e ter comunhão com Ele? Como pode Deus ser justo e misericordioso? Só há uma resposta: através da propiciação, feita pelo sangue de Jesus.

A Bíblia diz que Jesus Cristo, sendo Deus, assumiu a natureza humana, tornando-se semelhante a nós, porém sem pecado (Fp 2:7). Ele viveu uma vida totalmente íntegra, em irrepreensível obediência à lei de Deus (Mt 5:17), oferecendo-se a Si mesmo em sacrifício perfeito pelos pecados de incontáveis pecadores e obtendo em favor deles uma "eterna redenção" (Hb 9:12), mediante seu próprio sangue. Dessa maneira, a justiça de Deus foi satisfeita com a punição do pecado, bem como a Sua ira foi aplacada, de modo que Deus pode livremente, com base na obra de Jesus Cristo, declarar os crentes como plenamente justos. Aconteceu o que Paulo disse aos Coríntios: "Aquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós, para que Nele fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Co 2:21).

A esta grande obra de Jesus em favor de Suas ovelhas dá-se o nome de propiciação. O apóstolo Paulo fala desta obra nos seguintes termos, em uma passagem que talvez seja o melhor retrato do Evangelho na Bíblia: "Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos e sobre todos os que crêem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus" (Rm 3:21-26)

A fim de tornar mais clara a idéia da propiciação, segue uma explicação elucidativa de D. Martin Lloyd Jones: "O que significa propiciação? O que é propiciar? Significa apaziguar, aplacar, afastar a ira. O Dr. John Owen, aquele grande puritano, dizia que há quatro coisas que são elementos essenciais de qualquer propiciação, e aqui estão elas: uma ofensa que deve ser eliminada; uma pessoa ofendida que deve ser pacificada; um ofensor, uma pessoa culpada de praticar a ofensa; um sacrifício ou algum outro meio de se fazer expiação pela ofensa".

Assim, a arca da aliança também revela-nos, através do propiciatório, um Deus justo e também cheio de terna misericórdia! Graças a Deus!

Conclusão
É impressionante a profundidade do simbolismo da arca da aliança, revelando a beleza de Deus. Também poderia ter sido dito sobre o maná e o bordão de Arão (Hb 9:4), que mostram o sustento que Deus nos concede durante a peregrinação cristã e como Ele nos ornamenta com benditas graças espirituais.

Por fim, como conclusão, não poderíamos deixar de mencionar a localização da arca. Ela ficava localizada em um lugar chamado "Santos dos Santos" ou "Lugar Santíssimo", o qual era escondido atrás de um véu (Hb 9:2-4). Este véu separava o Santo dos Santos do restante do tabernáculo, sendo um claro símbolo da separação que o pecado causou entre o homem e Deus, como é dito no profeta Isaías: "As vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Is 59:2).

A boa notícia do Evangelho é que este véu foi rasgado por Jesus Cristo, nosso Sumo Sacedore eterno. Ele "entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção" (Hb 9:12). No momento em que Jesus, sangrando sobre o madeiro, deu seu último brado e entregou seu espírito, "o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo" (Mt 27:51). O caminho para Deus foi aberto para todos aqueles que crerem no nome de Jesus Cristo. O sacrifício foi aceito; a propiciação, efetuada; tudo estava consumado!

Tendo estas verdades em mente, "acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hb 4:16). Louvado seja o nome do Senhor por tão gloriosas verdades!

Abraços,
Davi.

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Segundo o livro do Êxodo, a montagem da Arca foi orientada por Moisés, que por instruções divinas indicou seu tamanho e forma. Nela foram guardadas as duas tábuas da lei; a vara de Aarão; e um vaso do maná. Estas três coisas representavam a aliança de Deus com o povo de Israel. Para judeus e prosélitos a Arca não era só uma representação, mas a própria presença de Deus.

Construção

A Bíblia descreve no livro de Êxodo (Êx 25:10 a 22) a Arca da Aliança da seguinte forma: caixa e tampa de madeira de acácia, com 2 côvados e meio de comprimento (um metro e onze centímetros ou 111 cm), e um côvado e meio de largura e altura (66,6 cm). Cobriu-se de ouro puro por dentro e por fora, com uma bordadura de ouro ao redor. - (Êxodo 25:10 a 16)
Para seu transporte, necessário para um povo ainda nômade (nómada), foram colocadas quatro argolas de ouro nas laterais, onde foram transpassados varas de acácia recobertas de ouro.Assim, o objeto podia ser carregado pelo meio do povo.
Sobre a tampa, chamada Propiciatório "o Kapporeth", foi esculpida uma peça em ouro, formada por dois querubins ajoelhados de frente um para o outro, cujas asas esticadas para frente tocavam-se na extremidade, formando um arco, de modo defensor e protetor. Eles se curvavam em direção à tampa em atitude de adoração (Êxodo 25:10-21; 37:7-9). Segundo relato do verso 22, Deus se fazia presente no propiciatório no meio dos dois Querubins de ouro em uma presença misteriosa que os Judeus chamavam Shekinah ou presença de Deus.

A Arca fazia parte do conjunto do Tabernáculo, com outras tantas especificações. Ela ficaria repousada sobre um altar, também de madeira, coberto de ouro, com uma coroa de ouro ao lado.
Somente os sacerdotes levitas poderiam transportar a tocar na arca, e apenas o sumo-sacerdote, uma vez por ano, no dia da expiação, quando a Luz de Shekiná se manifestava, entrava no santíssimo do templo. Estando ele em pecado, morreria instantaneamente.
Outros relatos bíblicos se referem ao roubo da arca por outros povos inimigos de Israel (filisteus), que sofreram chagas e doenças enquanto tinham a arca em seu poder. Homens que a tocavam que não fossem levitas ou sacerdotes completamente puros morriam fulminados instantaneamente. Diante dessas terríveis doenças causadas pela presença da Arca do Senhor Deus de Israel, os filisteus se viram numa necessidade de se livrarem do objeto sagrado; então, a mandaram para a cidade de Gate, e logo após para Ecron, sendo sempre rejeitada, o que acarretou na sua devolução ao povo de Israel.

Função e simbologia

A partir do momento em que as tábuas dos Dez Mandamentos, a Vara de Arão que floresceu (que não só floresceu mas que também brotou améndoas) e o pote de maná escondido foram repousadas no seu interior, a Arca é tratada como o objeto mais sagrado, como a própria representação de Deus na Terra. A Bíblia relata complexos rituais para se estar em sua presença dentro do Tabernáculo.
Segundo a Bíblia, Deus revelava-se como uma fumaça que se manifestava com sua shekiná (presença). Tocá-la era um ato tolo, pois quem a tocasse seria morto, razão pela qual existiam varas para seu transporte.

A Arca como instrumento de guerra

A Arca representava o próprio Deus entre os homens. A crença de Sua presença ativa fez com que os hebreus, por várias vezes, carregassem o objeto à frente de seus exércitos nas batalhas realizadas durante a conquista de Canaã. Segundo a Bíblia, a presença da Arca era suficiente para que pequenos contingentes hebreus aniquilassem exércitos cananeus inteiros.[carece de fontes] Mas quando dispensavam-na, sofriam derrotas desastrosas.
Ainda restava o assentamento das sete Tribos de Israel na Terra de Canaã para que a conquista estivesse completa, quando Josué determinou a construção de um Tabernáculo permanente na cidade de Siló, onde a Arca ficaria protegida.

A captura da Arca pelos Filisteus e seu retorno

Nos últimos anos do período dos Juízes de Israel, a Arca da Aliança era guardada pelo sacerdote Eli, e seus filhos Hofni e Finéias. O profeta Samuel, ainda jovem, recebeu uma revelação divina condenando os mesmos ao julgamento, devido a crimes cometidos.
Neste tempo, segundo o relato bíblico, os filisteus invadiram a Palestina, vencendo o exército israelita próximo à localidade de Ebenézer. Estes, vendo-se em situação adversa, apelaram para a Arca, e a trouxeram de Siló. A maldição sobre Eli teria tido lugar, pois a Arca não surtiu efeito na batalha: os israelitas foram derrotados, e o objeto capturado. Os filhos de Eli foram mortos, e este, ao saber da notícia, caiu de sua cadeira e morreu com o pescoço quebrado.
Os filisteus teriam tomado a Arca como despojo de guerra, e a levaram ao templo de Dagom, em Asdode. O relato bíblico conta que a simples presença do santuário naquele local foi o suficiente para que coisas estranhas ocorressem: por duas vezes, a cabeça da estátua de Dagom apareceu cortada. Em seguida, moléstias (hemorróidas, especificamente, além de um surto de ratos) teriam assolado a população de Asdode, inclusive príncipes e sacerdotes filisteus, o que fez com que a arca fosse transportada para Ecrom, outra cidade filistéia. Porém, a população local reagiu negativamente à sua presença, e a enviou de volta ao território de Israel numa carroça. O tempo de permanência da Arca na Filístia teria sido de sete meses.
A carroça, puxada por vacas, parou em Bete-Semes, onde foi recebida por um certo Josué (personagem diferente do Josué, comandante da Conquista de Canaã). Os bete-semitas, movidos pela curiosidade, olharam para o interior da Arca, e morreram instantaneamente fulminados. Em seguida, foi transportada para Quireate-Jearim, onde ficou aos cuidados de Eleazar por 20 anos.

A Arca em Jerusalém e o Templo de Salomão

No início de seu reinado, Davi ordenou que a Arca fosse trazida para Jerusalém, onde ficaria guardada em uma tenda permanente no distrito chamado Cidade de Davi. Com o passar do tempo, Davi tomou consciência de que a Arca, símbolo da presença de Deus na Terra, habitava numa tenda, enquanto ele mesmo vivia em um palácio. Então começou a planejar e esquematizar a construção de um grande Templo. Entretanto, esta obra passou às mãos de seu filho Salomão.
No Templo, foi construído um recinto (chamado na Bíblia de "oráculo") de cedro, coberto de ouro e entalhes, dois enormes querubins de maneira à semelhança dos que havia na Arca, com um altar no centro onde ela repousaria. O ambiente passou a ser vedado aos cidadãos comuns, e somente os levitas e o próprio rei poderiam se colocar em presença do objeto sagrado.

Desaparecimento

A Arca permaneceu como um dos elementos centrais do culto a Deus praticado pelos israelitas durante todo o período monárquico, embora poucas referências sejam feitas a ela entre os livros de Reis e Crônicas.
Em 586 a.C (Segunda invasão a Judá) (ou 609 a.C [Primeira invasão a Judá], segundo alguns estudiosos), Nabucodonosor, rei da Babilônia, invadiu o reino de Judá e tomou a cidade de Jerusalém. O relato bíblico menciona um grande incêndio que teria destruído todo o templo. A Arca desaparece completamente da narrativa a partir desse ponto, e o próprio relato é vago quanto ao seu destino.
Para os católicos e judeus da diáspora, que se utilizam da Septuaginta, Escrituras Sagradas na versão grega dos LXX, o desaparecimento da Arca é narrado no livro de II Macabeus, não aceito pelos protestantes e por grande parte dos judeus que só aceitavam as escrituras em hebraico. Nessa situação o profeta Jeremias haveria mandado que levassem a Arca até o monte Nebo para ali a esconder em uma caverna (II MAC Cap. 2).
" O escrito mencionava também como o profeta, pela fé da revelação, havia desejado fazer-se acompanhar pela arca e pelo tabernáculo, quando subisse a montanha que subiu Moisés para contemplar a herança de Deus. No momento em que chegou, descobriu uma vasta caverna, na qual mandou depositar a arca, o tabernáculo e o altar dos perfumes; em seguida, tapou a entrada. Alguns daqueles que o haviam acompanhado voltaram para marcar o caminho com sinais, mas não puderam achá-lo. Quando Jeremias soube, repreendeu-os e disse-lhes que esse lugar ficaria desconhecido, até que Deus reunisse seu povo e usasse com ele de misericórdia. Então revelará o Senhor o que ele encerra e aparecerá a glória do Senhor como uma densa nuvem, semelhante à que apareceu sobre Moisés e quando Salomão rezou para que o templo recebesse uma consagração magnífica." (II Mac, 2, 4-7, Bíblia Ave-Maria).
Em uma das visões de João, ele relata ter visto a Arca do Concerto ou da Aliança no templo de Deus no céu. Sendo a arca de grande importância e detentora de objetos preciosos, Deus haveria levado a arca para um lugar onde nenhum ser humano tivesse acesso para destruí-la. O relato de João está em Apocalipse 11:19 "E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo..."

A busca pela Arca

Não há certezas acerca de sua existência ou destruição. É possível que, antes de atear fogo ao Templo, os soldados de Nabucodonosor tenham tomado todos os objectos de valor (incluindo a arca coberta de ouro) e a levado como prémio pela conquista.
Uma vez em posse dos babilónicos, ela pode ter sido destruída para se obter o ouro, ou conservada como troféu. Babilónia também foi conquistada posteriormente por persas, macedónios, partos e outros tantos povos, e seus tesouros (incluindo possivelmente a Arca) podem ter tido incontáveis destinos.
De qualquer modo, ela tem sido um dos tesouros arqueológicos mais cobiçados pela humanidade, e inúmeras expedições à Mesopotâmia e à Palestina foram realizadas, sem sucesso. Existem hoje em vários museus réplicas da Arca baseadas nas descrições bíblicas, mas a verdadeira jamais foi encontrada.
O cineasta George Lucas inspirou-se na busca pela Arca para o roteiro de seu filme Raiders of the Lost Ark (intitulado Indiana Jones e Os Caçadores da Arca Perdida, no Brasil; Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida, em Portugal).
Para a Igreja Ortodoxa Etíope, a Arca foi levada à Etiópia por Menelik I, filho do Rei Salomão e Makeda, a Rainha de Sabá. A Arca estaria guardada numa capela da Igreja de Santa Maria de Sião da cidade de Aksum, no norte da Etiópia, onde um único sacerdote pode vê-la. A narrativa dessa tradição etíope encontra-se no Kebra Negast, o Livro da Glória dos Reis da Etiópia.

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