sexta-feira, 1 de março de 2013

Deserto do Saara,

Geografia

O deserto do Saara, no qual se distinguem dois trechos, um dominado por dunas arenosas e denominado Erg, e outro bastante pedregoso denominado Hamadas, compreende parte dos seguintes países e territórios: Argélia, Chade, Egito, Líbia, Mali, Mauritânia, Marrocos, Níger, Saara Ocidental, Sudão e Tunísia. Atualmente vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas na região do Saara.
A área do deserto também inclui parte da bacia do Rio Nilo, as montanhas Aïr, Hoggar, Atlas, Tibesti e Adrar des Ifoghas, e as subregiões do Deserto da Líbia, do Deserto da Núbia, do Ténéré e do Deserto Oriental Africano. No interior do Saara, existem alguns poucos e dispersos oásis formados devido ao afloramento de aquíferos subterrâneos, estando entre eles os oásis de Bahariya, Ghardaïa, Timimoun, Kufra e Siwa. As fronteiras do Saara são o Oceano Atlântico a oeste, a cordilheira do Atlas e o Mar Mediterrâneo a norte, o Mar Vermelho a leste e o Sahel a sul. O Saara divide o continente africano em duas partes, o Norte da África e a África Sub-Saariana. A fronteira saariana ao sul é marcada por uma faixa semi-árida de savana chamada Sahel.
Os limites do Saara podem também ser definidos por critérios botânicos, definidos por Frank White, que correspondem a zonas climáticas (por exemplo, definidas por Robert Capot-Rey). O limite norte coincide com a região em que se cultiva a tamareira (nos oásis) e com o limite sul do esparto, uma poácea típica do clima mediterrânico; este limite corresponde igualmente à isoieta (linha de igual precipitação anual) dos 100 mm. A sul, o Saara limita com o Sahel, uma cintura de savana seca com um verão chuvoso, que se estende através de toda a África. Aí o limite é definido pela Cornulaca monacantha, uma quenopodiácea tolerante à seca, ou pelo limite norte do Cenchrus biflorus, uma grama característica do Sahel, o que corresponde à isoeta de 150 mm. Este valor é a média de muitos anos, uma vez que a precipitação varia muito de um ano a outro.[4][5],[6]

Paleoclima


Panorama do Deserto do Saara na Líbia.
O clima da região que compreende hoje o Saara sofreu enormes variações, indo várias vezes do seco ao úmido durante os últimos cem mil anos chegando a mais de 50 graus e muito seco as 1 hora da tarde onde chega 53 graus celsius.[7] . Durante a última Era do Gelo, o Saara era maior do que é hoje, estendendo para o sul além de seus limites atuais.[8] O fim da idade de gelo trouxe épocas melhores ao Saara no período compreendido entre aproximadamente 8000 a.C. a 6000 a.C., isto devido a área de baixa pressão que acompanhou o desmoronar do manto de gelo ao norte.[9]
Quando a Era do Gelo se foi, a parte norte do Saara secou. Entretanto, não muito tempo depois, monções trouxeram chuva ao Saara, neutralizando a tendência de desertificação do Saara na parte sul.

O oásis de Ubari, na Líbia.
Sabe-se que ar sobre o planeta Terra move-se por convecção de forma a redistribuir a energia pelo planeta, e ascensões de ar, puxando no ar úmido do oceano, causam geralmente chuvas em determinadas regiões. Paradoxalmente, o Saara estava mais úmido quando recebeu mais insolação no verão. Por sua vez, todas as mudanças na insolação são causadas por mudanças na geofísica da Terra..[10]
Ao redor de 2500 a.C., as monções recuaram para o sul onde está hoje,[11] que conduziram a desertificação do Saara. O deserto está atualmente árido na forma que o conhecemos hoje há aproximadamente 13.000 anos. Estas circunstâncias são responsáveis para o que foi chamado de Teoria da Bomba do Saara.
O Saara é conhecido por ter um dos climas mais áridos do mundo. O vento que vem do nordeste, prevalece e pode por várias vezes fazer com que a areia dê forma a "furacões". As precipitações, muito raras mas não desconhecidas, acontecem ocasionalmente nas zonas de beira-mar ao norte e ao sul, e o deserto recebe aproximadamente 25 cm de chuva em um ano. As chuvas acontecem muito raramente, geralmente torrenciais após os longos períodos secos, que podem durar anos.
No dia 18 de fevereiro de 1979, no sul da Argélia, nevou pela primeira e única vez neste deserto. A tempestade de neve durou apenas meia hora e não deixou vestígios, pois a neve derreteu em poucas horas[12].



Fauna

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